???????????Então o Senhor disse a Caim: ?Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto???
?E lhes disse: ?A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem.??
?Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.?
A Bíblia não ignora a realidade da dor, da tristeza e até daquilo que hoje chamamos de depressão. Desde os tempos antigos, vemos homens e mulheres de Deus enfrentando momentos de profundo abatimento emocional e espiritual. Caim, tomado pela raiva e frustração, teve seu rosto transtornado pela angústia (Gênesis 4). Jesus, no Getsêmani, confessou estar ?profundamente triste, numa tristeza mortal? (Marcos 14). O salmista, em oração, questiona a própria alma diante da perturbação interior (Salmos 42).
Esses textos nos mostram que sentir tristeza profunda não é sinal de fraqueza espiritual. A diferença está em como lidamos com ela. A Palavra de Deus nos alerta para não alimentarmos pensamentos destrutivos e depreciativos contra nós mesmos. Quando deixamos que a raiva, a culpa ou a autocrítica tomem conta, abrimos espaço para que a desesperança nos paralise.
O salmista nos ensina um caminho diferente: mesmo em meio à perturbação da alma, ele escolhe colocar sua esperança em Deus. Reconhecer a dor é o primeiro passo, mas não podemos permanecer nela como se fosse nossa identidade. A fé nos convida a levantar os olhos e lembrar que o Senhor continua sendo nosso Salvador e nosso Deus.
A tristeza pode nos visitar, mas não pode ser nossa morada. Quando aprendemos a vigiar nossos pensamentos e a entregá-los ao Senhor, descobrimos que Ele nos sustenta mesmo nos dias mais escuros. A esperança em Deus não apaga a dor instantaneamente, mas nos dá forças para caminhar com fé, lembrando que nossa vida tem valor, propósito e direção n?Ele.
Encontro Com a Palavra é um estudo escrito pelo Dr. Dick Woodward e narrado na voz do Pastor Edson Bruno.
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